terça-feira, 28 de junho de 2011

Comportamento cristão

         Olhando o mundo com um olhar Espiritual, dar para compreender que os velhos costumes estão ficando longe de muitas igrejas, pastores já não estão conseguindo manter o controle sobre suas igrejas. Digo velhos costumes, pelo fato que muitos cristãos, estão imitando o mundo, é claro que estamos no mundo, mas não somos do mundo.
            É muito desagradável saber que mulheres evangélicas estão perdendo a opção de escolher suas vestimentas para locais o qual irão atuar, é claro que para isto acontecer, verdadeiramente muitas mulheres deixaram a desejar. Mulheres religiosas que usam saias curtas em locais públicos, e ainda não tem modos para sentar - se, ou vestidos transparentes que desenham tudo, e sem falar nas blusas tomara que caia, que não esconde coisa alguma. Será que, com isso tudo, podemos concretizar que uma pessoa dessa é templo do Espírito Santo? Pelo o amor de Deus! O templo do Senhor não faz uma pessoa pecar, mas sim ser santificada.
             Agora para completar, o fácil acesso a internet está possibilitando muitas mulheres e homens mostrarem seus corpos, será que Deus nos criou para isso? É claro que não! Pessoas tem usado redes sociais para expôr fotos em praia, rios, cachoeiras, etc. É claro que não dar para tomar banho de roupa, mas não é preciso registrar momentos de exibição com pessoas nuas em suas fotos ou videos.
           Se não bastasse, é moda jovens cristãos ouvir músicas mundanas, é claro que não precisa ouvir músicas do mundo porque é românticas, no mundo gospel já se encontra músicas românticas. Outra coisa, são as músicas internacionais, a maioria das pessoas não sabem o que estão ouvindo, e ainda acham que a música é muito boa.
           Não dar para saber quem é mais, ou não é um cristão no meio de uma praça, ou, em outro lugar, está difícil saldar alguém, não por falta de opção, é porque olhamos e não sabemos onde estão o povo de Deus, tudo isso por causa de um pequeno detalhe: Aparência e vestimenta, seja homem, seja mulher, o povo de Deus estão se misturando mesmo com o mundo.        
           Em fim, que Deus tenha misericórdia de seu povo, que as nossas heranças, não seja entregue ao aos nossos adversários. Desejo muito, que o povo de Deus pense muito a respeito de suas vidas Espirituais, e não deixem que Satanás o afastem da presença de nosso pai o todo PODEROSO.
              Se o povo não acordar, não verão mais milagres acontecer na terra!

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domingo, 26 de junho de 2011

Reforma Protestante

A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no início do século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517 [1] [2] na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas.[3]
Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.
O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.

Índice

 [esconder

Pré-Reforma

A Pré-Reforma foi o período anterior à Reforma Protestante no qual se iniciaram as bases ideológicas que posteriormente resultaram na reforma iniciada por Martinho Lutero.
A Pré-Reforma tem suas origens em uma denominação cristã do século XII conhecida como Valdenses, que era formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em
casas de famílias ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica Romana, já que negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.[4]
No seguimento do colapso de instituições monásticas e da escolástica nos finais da Idade Média na Europa, acentuado pelo Cativeiro Babilônico da igreja no papado de Avignon, o Grande Cisma e o fracasso da conciliação, se viu no século XVI o fermentar de um enorme debate sobre a reforma da religião e dos posteriores valores religiosos fundamentais.
No século XIV, o inglês John Wycliffe,[5] considerado como precursor da Reforma Protestante, levantou diversos questionamentos sobre questões controversas que envolviam o Cristianismo, mais precisamente a Igreja Católica Romana. Entre outras idéias, Wycliffe queria o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder político do papa e dos cardeais, e que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei. Contrário à rígida hierarquia eclesiástica, Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos. Estes padres foram conhecidos como "lolardos". Mais tarde, surgiu outra figura importante deste período: Jan Huss. Este pensador tcheco iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. Seus seguidores ficaram conhecidos como Hussitas.[6]

Razões políticas na Reforma

A Reforma protestante foi iniciada por Martinho Lutero, embora tenha sido motivada primeiramente por razões religiosas,[7] também foi impulsionada por razões políticas e sociais[7][8][9]
  • os conflitos políticos entre autoridades da Igreja Católica e governantes das monarquias européias, tais governantes desejavam para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e do Papa,[10][11] muitas vezes para assegurar o direito divino dos reis;
  • Práticas como a usura era condenada pela ética católica, assim a burguesia capitalista que desejava altos lucros econômicos sentiram-se mais "confortáveis" se pudessem seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e conceito de Lutero de que a fé sem as obras justifica (Sola fide);[11][10][12][13][14][15]
  • Algumas causas econômicas para a aceitação da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja católica e de ver-se livre da tributação papal.[16] Também na Alemanha, a pequena nobreza estava ameaçada de extinção em vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam às terras da igreja. Somente com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras;[17][18][19]
  • Durante a Reforma na Alemanha, autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas,[20] substituindo-os por religiosos com formação luterana;[21]
  • Lutero era radicalmente contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos anabatistas liderados por Thomas Münzer,[21] que provocou a Guerra dos Camponeses. Münzer comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada,[21] Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina,[21] motivo pelo qual eles romperam.[16] Lutero escreveu posteriormente: "Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde".[21]
  • Após a Guerra dos Camponeses os anabatistas continuaram sendo perseguidos e executados em países protestantes,[7] por exemplo, a Holanda e Frísia, massacraram aproximadamente 30.000 anabatistas nos dez anos que se seguiram a 1535.[7]

Reforma

Na Alemanha, Suíça e França

No início do século XVI, o monge alemão Martinho Lutero, abraçando as idéias dos pré-reformadores, proferiu três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517. Em 31 de outubro de 1517 foram pregadas as 95 Teses na porta da Catedral de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas.[22] Esse fato é considerado como o início da Reforma Protestante.[23]

Martinho Lutero, aos 46 anos de idade.
Essas teses condenavam a "avareza e o paganismo" na Igreja, e pediam um debate teológico sobre o que as indulgências significavam. As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês se haviam espalhado por toda a Europa.[24]
Após diversos acontecimentos, em junho de 1518 foi aberto um processo por parte da Igreja Romana contra Lutero, a partir da publicação das suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria em heresia. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória.[25] Finalmente, em junho de 1520 reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge Domini" e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum Pontificem" excomungou Lutero. Devido a esses acontecimentos, Lutero foi exilado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde permaneceu por cerca de um ano. Durante esse período de retiro forçado, Lutero trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, da qual foi impresso o Novo Testamento, em setembro de 1522.[26]

Extensão da Reforma Protestante na Europa.
Enquanto isso, em meio ao clero saxônio, aconteceram renúncias ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos monásticos. Entre outras coisas, muitos realizaram a troca das formas de adoração e terminaram com as missas, assim como a eliminação das imagens nas igrejas e a ab-rogação do celibato. Ao mesmo tempo em que Lutero escrevia "a todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e rebelião". Seu casamento com a ex-freira cisterciense Catarina von Bora incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Com estes e outros atos consumou-se o rompimento definitivo com a Igreja Romana.[27] Em janeiro de 1521 foi realizada a Dieta de Worms, que teve um papel importante na Reforma, pois nela Lutero foi convocado para desmentir as suas teses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma.[28] Autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas,[20] substituindo-os por religiosos com formação luterana.[21]
Toda essa rebelião ideológica resultou também em rebeliões armadas, com destaque para a Guerra dos camponeses (1524-1525). Esta guerra foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses já tinham existido em pequena escala em Flandres (1321-1323), na França (1358), na Inglaterra (1381-1388), durante as guerras hussitas do século XV, e muitas outras até o século XVIII. A revolta foi incitada principalmente pelo seguidor de Lutero, Thomas Münzer,[21] que comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada,[21] Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina,[21] motivo pelo qual eles romperam,[29] sendo que Lutero condenou Münzer e essa revolta.[30]

O Muro dos Reformadores. Da esquerda à direita, estátuas de Guilherme Farel, João Calvino, Teodoro de Beza e John Knox.
Em 1530 foi apresentada na Dieta imperial convocada pelo Imperador Carlos V, realizada em abril desse ano, a Confissão de Augsburgo, escrita por Felipe Melanchton [31] com o apoio da Liga de Esmalcalda. Os representantes católicos na Dieta resolveram preparar uma refutação ao documento luterano em agosto, a Confutatio Pontificia (Confutação), que foi lida na Dieta. O Imperador exigiu que os luteranos admitissem que sua Confissão havia sido refutada. A reação luterana surgiu na forma da Apologia da Confissão de Augsburgo, que estava pronta para ser apresentada em setembro do mesmo ano, mas foi rejeitada pelo Imperador. A Apologia foi publicada por Felipe Melanchton no fim de maio de 1531, tornando-se confissão de fé oficial quando foi assinada, juntamente com a Confissão de Augsburgo, em Esmalcalda, em 1537.[32]
Ao mesmo tempo em que ocorria uma reforma em um sentido determinado, alguns grupos protestantes realizaram a chamada Reforma Radical. Queriam uma reforma mais profunda. Foram parte importante dessa reforma radical os Anabatistas, cujas principais características eram a defesa da total separação entre igreja e estado e o "novo batismo" [33] (que em grego é anabaptizo).[34]
Enquanto na Alemanha a reforma era liderada por Lutero, Na França e na Suíça a Reforma teve como líderes João Calvino e Ulrico Zuínglio .
João Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto como um representante importante do movimento protestante.[35] Vítima das perseguições aos huguenotes na França, fugiu para Genebra em 1533 [36] onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se um centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece desde então como uma figura central da história da cidade e da Suíça. Calvino publicou as Institutas da Religião Cristã,[37] que são uma importante referência para o sistema de doutrinas adotado pelas Igrejas Reformadas.[38]
Os problemas com os huguenotes somente concluíram quando o Rei Henry IV, um ex-huguenote, emitiu o Édito de Nantes, declarando tolerância religiosa e prometendo um reconhecimento oficial da minoria protestante, mas sob condições muito restritas. O catolicismo se manteve como religião oficial estatal e as fortunas dos protestantes franceses diminuíram gradualmente ao longo do próximo século, culminando na Louis XIV do Édito de Fontainebleau, que revogou o Édito de Nantes e fez do catolicismo única religião legal na França. Em resposta ao Édito de Fontainebleau, Frederick William de Brandemburgo declarou o Édito de Potsdam, dando passagem livre para franceses huguenotes refugiados e status de isenção de impostos a eles durante 10 anos.
Ulrico Zuínglio foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Zuínglio não deixou igrejas organizadas, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas. A reforma de Zuínglio foi apoiada pelo magistrado e pela população de Zurique, levando a mudanças significativas na vida civil e em assuntos de estado em Zurique.[39]

No Reino Unido

O curso da Reforma foi diferente na Inglaterra. Desde muito tempo atrás havia uma forte corrente anticlerical, tendo a Inglaterra já visto o movimento Lollardo, que inspirou os Hussitas na Boémia. No entanto, ao redor de 1520 os lollardos já não eram uma força ativa, ou pelo menos um movimento de massas.
Embora Henrique VIII tivesse defendido a Igreja Católica com o livro Assertio Septem Sacramentorum (Defesa dos Sete Sacramentos), que contrapunha as 95 Teses de Martinho Lutero, Henrique promoveu a Reforma Inglesa para satisfazer as suas necessidades políticas. Sendo este casado com Catarina de Aragão, que não lhe havia dado filho homem, Henrique solicitou ao Papa Clemente VII a anulação do casamento.[40] Perante a recusa do Papado, Henrique fez-se proclamar, em 1531, protetor da Igreja inglesa. O Ato de Supremacia, votado no Parlamento em novembro de 1534, colocou Henrique e os seus sucessores na liderança da igreja, nascendo assim o Anglicanismo. Os súditos deveriam submeter-se ou então seriam excomungados, perseguidos [41] e executados, tribunais religiosos foram instaurados e católicos foram obrigados à assistir cultos protestantes,[42] muitos importantes opositores foram mortos, tais como Thomas More, o Bispo John Fischer e alguns sacerdotes, frades franciscanos e monges cartuchos. Quando Henrique foi sucedido pelo seu filho Eduardo VI em 1547, os protestantes viram-se em ascensão no governo. Uma reforma mais radical foi imposta diferenciando o anglicanismo ainda mais do catolicismo.[43]
Seguiu-se uma breve reação católica durante o reinado de Maria I (1553-1558). De início moderada na sua política religiosa, Maria procura a reconciliação com Roma, consagrada em 1554, quando o Parlamento votou o regresso à obediência ao Papa.[40] Um consenso começou a surgir durante o reinado de Elizabeth I. Em 1559, Elizabeth I retornou ao anglicanismo com o restabelecimento do Ato de Supremacia e do Livro de Orações de Eduardo VI. Através da Confissão dos Trinta e Nove Artigos (1563), Elizabeth alcançou um compromisso entre o protestantismo e o catolicismo: embora o dogma se aproximasse do calvinismo, só admitindo como sacramentos o Batismo e a Eucaristia, foi mantida a hierarquia episcopal e o fausto das cerimônias religiosas.
A Reforma na Inglaterra procurou preservar o máximo da Tradição Católica (episcopado, liturgia e sacramentos). A Igreja da Inglaterra sempre se viu como a ecclesia anglicanae, ou seja, A Igreja cristã na Inglaterra e não como uma derivação da Igreja de Roma ou do movimento reformista do século XVI. A Reforma Anglicana buscou ser a "via média" entre o catolicismo e o protestantismo.[44]
Em 1561 apareceu uma confissão de fé com uma Exortação à Reforma da Igreja modificando seu sistema de liderança, pelo qual nenhuma igreja deveria exercer qualquer autoridade ou governo sobre outras, e ninguém deveria exercer autoridade na Igreja se isso não lhe fosse conferido por meio de eleição. Esse sistema, considerado "separatista" pela Igreja Anglicana, ficou conhecido como Congregacionalismo.[45] Richard Fytz é considerado o primeiro pastor de uma igreja congregacional, entre os anos de 1567 e 1568, na cidade de Londres. Por volta de 1570 ele publicou um manifesto intitulado As Verdadeiras Marcas da Igreja de Cristo.[46] Em 1580 Robert Browne, um clérigo anglicano que se tornou separatista, junto com o leigo Robert Harrison, organizou em Norwich uma congregação cujo sistema era congregacionalista,[47] sendo um claro exemplo de igreja desse sistema.
Na Escócia, John Knox (1505-1572), que tinha estudado com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma Protestante em 1560, sendo estabelecido o Presbiterianismo. A primeira Igreja Presbiteriana, a Church of Scotland (ou Kirk), foi fundada como resultado disso.[48]

Nos Países Baixos e na Escandinávia

A Reforma nos Países Baixos, ao contrário de muitos outros países, não foi iniciado pelos governantes das Dezessete Províncias, mas sim por vários movimentos populares que, por sua vez, foram reforçados com a chegada dos protestantes refugiados de outras partes do continente. Enquanto o movimento Anabatista gozava de popularidade na região nas primeiras décadas da Reforma, o calvinismo, através da Igreja Reformada Holandesa, tornou a fé protestante dominante no país desde a década de 1560 em diante. No início de agosto de 1566, uma multidão de protestantes invadiu a Igreja de Hondschoote na Flandres (atualmente Norte da França) com a finalidade de destruir das imagens católicas,[49][50][51] esse incidente provocou outros semelhantes nas províncias do norte e sul, até Beeldenstorm, em que calvinistas invadiram igrejas e outros edifícios católicos para destruir estátuas e imagens de santos em toda a Holanda, pois de acordo com os calvinistas, estas estátuas representavam culto de ídolos. Duras perseguições aos protestantes pelo governo espanhol de Felipe II contribuíram para um desejo de independência nas províncias, o que levou à Guerra dos Oitenta Anos e eventualmente, a separação da zona protestante (atual Holanda, ao norte) da zona católica (atual Bélgica, ao sul).[48]
Teve grande importância durante a Reforma um teólogo holandês: Erasmo de Roterdã. No auge de sua fama literária, foi inevitavelmente chamado a tomar partido nas discussões sobre a Reforma. Inicialmente, Erasmo se simpatizou com os principais pontos da crítica de Lutero, descrevendo-o como "uma poderosa trombeta da verdade do evangelho" e admitindo que, "É claro que muitas das reformas que Lutero pede são urgentemente necessárias.".[52] Lutero e Erasmo demonstraram admiração mútua, porém Erasmo hesitou em apoiar Lutero devido a seu medo de mudanças na doutrina. Em seu Catecismo (intitulado Explicação do Credo Apostólico, de 1533), Erasmo tomou uma posição contrária a Lutero por aceitar o ensinamento da "Sagrada Tradição" não escrita como válida fonte de inspiração além da Bíblia, por aceitar no cânon bíblico os livros deuterocanônicos e por reconhecer os sete sacramentos.[53] Estas e outras discordâncias, como por exemplo, o tema do Livre arbítrio fizeram com que Lutero e Erasmo se tornassem opositores.

Catedral luterana em Helsinque, Finlândia.
Na Dinamarca, a difusão das idéias de Lutero deveu-se a Hans Tausen. Em 1536 [54] na Dieta de Copenhaga, o rei Cristiano III aboliu a autoridade dos bispos católicos, tendo sido confiscados os bens das igrejas e dos mosteiros. O rei atribuiu a Johann Bugenhagen, discípulo de Lutero, a responsabilidade de organizar uma Igreja Luterana nacional.[55] A Reforma na Noruega e na Islândia foi uma conseqüência da dominação da Dinamarca sobre estes territórios; assim, logo em 1537 ela foi introduzida na Noruega e entre 1541 e 1550 [54] na Islândia, tendo assumido neste último território características violentas.
Na Suécia, o movimento reformista foi liderado pelos irmãos Olaus Petri e Laurentius Petri. Teve o apoio do rei Gustavo I Vasa,[56] que rompeu com Roma em 1525, na Dieta de Vasteras. O luteranismo, então, penetrou neste país estabelecendo-se em 1527.[54] Em 1593, a Igreja sueca adotou a Confissão de Augsburgo. Na Finlândia, as igrejas faziam parte da Igreja sueca até o início do século XIX, quando foi formada uma igreja nacional independente, a Igreja Evangélica Luterana da Finlândia.

Em outras partes da Europa

Na Hungria, a disseminação do protestantismo foi auxiliada pela minoria étnica alemã, que podia traduzir os escritos de Lutero. Enquanto o Luteranismo ganhou uma posição entre a população de língua alemã, o Calvinismo se tornou amplamente popular entre a etnia húngara.[57] Provavelmente, os protestantes chegaram a ser maioria na Hungria até o final do século XVI, mas os esforços da Contra-Reforma no século XVII levaram uma maioria do reino de volta ao catolicismo.[58]
Fortemente perseguida, a Reforma praticamente não penetrou em Portugal e Espanha. Ainda assim, uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu em 1557 numa das ilhas da Baía de Guanabara, localizada no Brasil, então colônia de Portugal. Ainda que tenha durado pouco tempo, deixou como herança a Confissão de Fé da Guanabara.[59] Por volta de 1630, durante o domínio holandês em Pernambuco, a Igreja Cristã Reformada (Igreja Protestante na Holanda) instalou-se no Brasil. Tinha ao conde Maurício de Nassau como seu membro mais ilustre. Esse período se encerrou com a guerra de Restauração portuguesa.[60] Na Espanha, as idéias reformadas influíram em dois monges católicos: Casiodoro de Reina, que fez a primeira tradução da Bíblia para o idioma espanhol, e Cipriano de Valera, que fez sua revisão,[61] originando a conhecida como Biblia Reina-Valera.[62]

Consequências

Contrarreforma

Imediatamente após o início da Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana decidiu tomar medidas para frear o avanço da Reforma. Realizou-se, então, o Concílio de Trento (1545-1563),[63] que resultou no início da Contrarreforma ou Reforma Católica,[64] na qual os Jesuítas tiveram um papel importante.[65] A Inquisição e a censura exercida pela Igreja Católica foram igualmente determinantes para evitar que as ideias reformadoras encontrassem divulgação em Portugal, Espanha ou Itália, países católicos.[66]
O biógrafo de João Calvino, o francês Bernard Cottret, escreveu: "Com o Concílio de Trento (1545-1563)… trata-se da racionalização e reforma da vida do clero. A Reforma Protestante é para ser entendida num sentido mais extenso: ela denomina a exortação ao regresso aos valores cristãos de cada "indivíduo"". Segundo Bernard Cottret, "A reforma cristã, em toda a sua diversidade, aparece centrada na teologia da salvação. A salvação, no Cristianismo, é forçosamente algo de individual, diz mais respeito ao indivíduo do que à comunidade",[67] diferente da pregação católica que defende a salvação na igreja.[68]
O principal acontecimento da contra-reforma foi o Massacre da noite de São Bartolomeu. As matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em 24 de Agosto de 1572 e duraram vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 70.000 e 100.000 protestantes franceses (chamados huguenotes).[69]

Protestantismo

Um dos pontos de destaque da reforma é o fato de ela ter possibilitado um maior acesso à Bíblia, graças às traduções feitas por vários reformadores (entre eles o próprio Lutero) a partir do latim para as línguas nacionais.[70] Tal liberdade fez com que fossem criados diversos grupos independentes, conhecidos como denominações. Nas primeiras décadas após a Reforma Protestante, surgiram diversos grupos, destacando o Luteranismo e as Igrejas Reformadas ou calvinistas (Presbiterianismo e Congregacionalismo). Nos séculos seguintes, surgiram outras denominações reformadas, com destaque para os Batistas e os Metodistas.
A seguir, uma tabela ilustrando o surgimento a traves dos séculos das diferentes correntes ou ramos do Protestantismo.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Humanidade

Deus pode solucionar os problemas da humanidade.

Nos dias atuais, muitas pessoas tem sofrido, devido as escolhas feitas para sua vida sem a presença de Deus. 
Escolha esta, que tem levado muitos a depressão, ao desespero, e por fim, a uma grande solidão.
Mas esta não é a vontade de Deus para com a humanidade, a vontade dele, é que todos sejam felizes, sem sofrimento. Por este motivo, existe a bíblia, o melhor livro, que ensina, fortalece, alimenta a alma, e aproxima as pessoas de Deus.
Na bíblia encontramos a solução para tudo, como por exemplo:
  • Para quem está solitário(a)
Salmos 68:6


  •  Para quem sente que ninguém o ama
  • joão 3:16




A solução para todos os problemas, é está na presença de Deus, mesmo quando não se encontra fé para acreditar no possivel, até porque, a fé é pela as coisas que não se ver, o importante é confiar no senhor, e acreditar que ele fará o que é impossivel acontecer.
Permanecer na presença do Senhor não é fácio, também não é difício, Jesus enviou um ajudador para todos aqueles que confia nele; o Espirito Santo a presença de Deus com todos nós.

Músicas gospel

Vitória no deserto - Aline barros.mp3 Faz chover - Fernandinho.mp3 Me derramar.mp3 visitação - Nivea soares.mp3 Bendito eu Serei - Nani azevado.mp3

sábado, 18 de junho de 2011

História de Jerusalém

História de Jerusalém
A cidade de Jerusalém tem uma história que data do 4º milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo. Jerusalém é a cidade santa no Judaísmo e o centro espiritual dos judeus desde o século 10 a.C. contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão.

Surgimento
Cerâmicas indicam a ocupação de Ophel, dentro da atual Jerusalém, desde a Idade do Cobre, ao redor do Quarto milênio a.C., com evidências de assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze, 3000-2800 a.C. Os Textos de Execração (c. do século 19 AC), que se referem a uma cidade chamada Roshlamem ou Rosh-ramen e as Cartas de Amarna (c. século XIV a.C.) podem ser os primeiros a falar da cidade. Alguns arqueólogos, incluindo Kathleen Kenyon, acreditam que Jerusalém como cidade foi fundada pelos povos Semitas ocidentais com assentamentos organizados em cerca de 2600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Shem e Eber, antepassados de Abraão. Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando Davi conquistou-a e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. 1000s a.C.). recentes escavações de uma grande estrutura de pedra são interpretadas por alguns arqueólogos como crédito à narrativa bíblica.

Períodos Templários

O rei Davi reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. O Templo de Salomão (mais tarde conhecido como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da Aliança. Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônia, em 587 a.C., Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus.Este período é conhecido na história como o Período do Primeiro Templo. Após a morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.
A Torre de Davi como pode ser visto a partir de Vale Hinnom.
Quando a Assíria conquistou o Reino de Israel, em 722 a.C., Jerusalém foi fortalecida por um grande afluxo de refugiados provenientes do norte do reino. O Primeiro Período Templario acabou em cerca de 586 a.C., quando os Babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de Salomão. Em 538 a.C., após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o rei persa Círio o Grande convidou os judeus a regressarem à Judá e Jerusalém e reconstruirem o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi concluído em 516 a.C., durante o reinado de Dario o Grande, setenta anos depois da destruição do Primeiro Templo. Jerusalém retomou o seu papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o império persa, Jerusalém e Judéia caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judéia para o Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de retomar Jerusalém do dominio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta macabéia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneus em 152 a.C., novamente com Jerusalém como capital.

Guerras Romano-Judaicas

Cerco romano e a destruição de Jerusalém (David Roberts, 1850)
Conforme o Império Romano se tornou mais forte, ele colocou Herodes como um rei cliente. Herodes o Grande, como ele era conhecido, dedicou-se a desenvolver e embelezar a cidade. Ele construiu muralhas, torres e palácios, e expandiu o Templo do Monte, reforçou o pátio com blocos de pedra pesando até cem toneladas. Sob Herodes, a área do Templo do Monte dobrou de tamanho. Em 6 CE, a cidade, assim como grande parte da região ao redor, entrou sob controle direto dos romanos como na Judéia Herodes e seus descendentes até Agripa II permaneceram reis-clientes da Judéia até 96 d.C. O domínio romano sobre Jerusalém e região começou a ser contestada a partir da primeira guerra judaico-romana, a Grande revolta judaica, que resultou na destruição do Segundo Templo em 70 d.C. Em 130 d.C. Adriano romanizou a cidade, e ela foi renomeada para Aelia Capitolina. Jerusalém, mais uma vez serviu como a capital da Judéia durante o período de três anos da revolta conhecida como a Revolta de Bar Kokhba. Os romanos conseguiram recapturar a cidade em 135 d.C. e como uma medida punitiva Adriano proibiu os judeus de entrarem nela. Adriano rebatizou toda a Judéia de Síria Palaestina numa tentativa de des-judaizar o país. A proibição sobre os judeus entraram em Aelia Capitolina continuou até o século IV d.C.
Nos cinco séculos seguintes à revolta de Bar Kokhba, a cidade permaneceu sob domínio romano, até cair sob domínio bizantino. Durante o século IV, o Imperador romano Constantino I construiu partes católicas em Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém atingiu o pico em tamanho e população no final do Segundo Período Templário: A cidade se estendia por dois quilômetros quadrados e tinha uma população de 200 mil pessoas A partir de Constantino até o século VII, os judeus foram proibidos em Jerusalém.

Guerras Romano-persas

No período de algumas décadas, Jerusalém trocou de mãos entre persas e romanos, até voltar à mão dos romanos mais uma vez. Depois, do avanço do comandante Sassânida Khosrau II no inicio do século VII sobre os domínios bizantinos, avançando através da Síria, os generais Sassânidas Shahrbaraz e Shahin atacaram a cidade de Jerusalém (persa: dej Houdkh), então controlada pelos bizantinos.
Na Destruição de Jerusalém em 614, após passarem 21 dias cercando a cidade, Jerusalém foi capturada dos persas e isso resultou na anexação territorial de Jerusalém. Depois que o exército Sassânida entrou em Jerusalém, a sagrada "Vera Cruz" foi roubada e enviada de volta para a capital sassânida como uma relíquia sagrada da guerra. A cidade conquistada e a Santa Cruz, permaneceriam nas mãos dos Sassânidas por mais quinze anos, até o Imperador Bizantino Heráclio recuperá-la em 629.

Estado Islâmico

Cúpula da Rocha visto através do Portão do Algodão.
Em 638, o Califado islâmico alargou a sua soberania para Jerusalém. Neste momento, Jerusalém foi declarada a terceira cidade mais sagrada do Islã após Meca e Medina, e referido comoal Bait al-Muquddas. Mais tarde, ele era conhecido como al-Qods al-Sharif. Com a conquista árabe, os judeus foram autorizados a regressar à cidade. O califa Rashidun Omar ibn al-Khattab assinou um tratado com o patriarca Cristão Monofisista Sofrônio, assegurando-lhe que os lugares sagrados cristãos de Jerusalém e a população cristã seriam protegidos ao abrigo do Estado muçulmano. Omar foi conduzido à Pedra Fundamental no Monte do Templo, no qual ele claramente recusou, pois se preparava para construir uma mesquita. De acordo com o bispo gaulês Arculf, que viveu em Jerusalém a partir de 679 a 688, a Mesquita de Omar era uma estrutura retangular de madeira construído sobre ruínas que poderia acomodar 3000 seguidores. O califa Omíada Abd-el-Melek encomendou a construção da cúpula da Rocha no final século VII. O historiador do século X El Muqadasi escreveu que Abd-el-Melek construiu o santuário, a fim de competir na grandeza das monumentais igrejas de Jerusalém. Durante as quatro próximas centenas de anos, a proeminência de Jerusalém foi diminuída pelos poderes árabes na região que brigavam pelo controle da cidade.

Cruzadas, Saladino e os Mamelucos

Ilustração medieval da captura de Jerusalém durante a Primeira Cruzada, 1099
Em 1099, Jerusalém foi conquistada pelos Cruzados, que massacraram a maior parte dos habitantes muçulmanos e os resquícios dos habitantes judeus. A maioria dos cristãos foram expulsos e a maioria dos habitantes judeus já tinha fugido, no início de junho de 1099, a população de Jerusalém tinha diminuído de 70.000 para menos de 30.000. Os sobreviventes judeus foram vendidos na Europa como escravos ou exilados na comunidade judaica do Egito. Tribos árabes cristãs estabeleceram-se na destruída Cidade Velha de Jerusalém. Em 1187, a cidade foi arrancada da mão dos Cruzados por Saladino permitindo que os judeus e os muçulmanos pudessem voltar e morar na cidade. Em 1244, Jerusalém foi saqueada pelos Tártaros Kharezmian, que dizimaram a população cristã da cidade e afastou os judeus, alguns dos quais foram reinstalados em Nablus. Entre 1250 e 1517, Jerusalém foi governado pelos mamelucos, que impuseram um pesado imposto anual sobre os judeus e destruíram os lugares sagrados dos cristãos no Monte Sião.

Domínio Otomano

Em 1517, Jerusalém e região caiu sob domínio Turco Otomano, que permaneceu no controle até 1917.Como em grande parte do domínio Otomano, Jerusalém permaneceu um provincial e importante centro religioso, e não participava da principal rota comercial entre Damasco e Cairo. No entanto, os turcos muçulmanos trouxeram muitas inovações: sistemas modernos de correio usado por vários consulados, o uso da roda para modos de transporte; diligências e carruagens, o carrinho de mão e a carroça, e a lanterna a óleo, entre os primeiros sinais de modernização da cidade. Em meados do século XIX, os otomanos construída a primeira estrada pavimentada de Jaffa a Jerusalém, e em 1892 a ferrovia havia atingido a cidade.
Com a ocupação de Jerusalém por Muhammad Ali do Egito em 1831, missões e consulados estrangeiros começaram a se estabelecer na cidade. Em 1836, Ibrahim Pasha permitiu aos judeus reconstruírem as quatro grandes sinagogas, entre eles a Hurva.
O controle turco foi reinstalado em 1840, mas muitos egípcios muçulmanos permaneceram em Jerusalém. Judeus de Argel e da África do Norte começaram a instalar-se na cidade, em um número cada vez maior. Ao mesmo tempo, os otomanos construíram curtumes e matadouros perto dos lugares sagrados judeus e cristãos "para que um mau cheiro, sempre pesteie os infiéis". Nas décadas de 1840 e 1850, os poderes internacionais iniciaram um "cabo-de-guerra" na Palestina, uma vez que tentaram ampliar sua proteção ao longo do país para as minorias religiosas, uma luta realizada principalmente através de representantes consulares em Jerusalém. De acordo com o cônsul prussiano, a população em 1845 era de 16.410, 7120 judeus, 5.000 muçulmanos, 3390 cristãos, 800 soldados turcos e 100 europeus. O volume de peregrinos cristãos aumentou sob o domínio dos otomanos, dobrando a população da cidade em torno da época da Páscoa.
Na década de 1860, novos bairros começaram a surgir fora dos muros da Cidade Velha para aliviar a intensa superlotação e o pobre saneamento na cidade intramuros. O Composto Russo e Mishkenot Sha'ananim foram fundados em 1860.

Mandato Britânico e a Guerra de 1948

Em 1917 após a Batalha de Jerusalém, o exército britânico, liderado por General Edmund Allenby, capturou a cidade. E, em 1922, a Liga das Nações sob a Conferência de Lausanne confiou ao Reino Unido a administração da Palestina.
De 1922 a 1948 a população total da cidade passou de 52.000 para 165.000, sendo dois terços de judeus e um terço de árabes (muçulmanos e cristãos). A situação entre árabes e judeus na Palestina não foi calma. Em Jerusalém, em especial nos motins ocorridos em 1920 e em 1929. Sob o domínio britânico, novos subúrbios foram construídos no oeste e na parte norte da cidade e instituições de ensino superior, como a Universidade Hebraica, foram fundadas.
A medida que o Mandato Britânico da Palestina foi terminando, o Plano de Partilha das Nações Unidas de 1947 recomendou "a criação de um regime internacional, em especial na cidade de Jerusalém, constituindo-a como uma corpus separatum no âmbito da administração das Nações Unidas". O regime internacional deveria continuar em vigor por um período de dez anos, e seria realizado um referendo na qual os moradores de Jerusalém iriam votar para decidir o futuro regime da cidade. No entanto, este plano não foi implementado, porque a guerra de 1948 eclodiu enquanto os britânicos retiravam-se da Palestina e Israel declarou sua independência.
A guerra levou ao deslocamento das populações árabe e judaica na cidade. Os 1.500 residentes do Bairro Judeu da Cidade Velha foram expulsos e algumas centenas tomados como prisioneiros quando a Legião Árabe capturou o bairro em 28 de maio. Moradores de vários bairros e aldeias árabes do oeste da Cidade Velha saíram com a chegada da guerra, mas alguns permaneceram e foram expulsos ou mortos, como em Lifta ou Deir Yassin.

Divisão e a controversa reunificação

Policiais israelenses encontram um legionário jordaniano perto do Portão de Mandelbaum.
A guerra terminou com Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia (então Cisjordânia). O Armistício de 1949 criou uma linha de cessar-fogo que atravessava o centro da cidade e à esquerda do Monte Scopus como um exclave israelense. Arame farpado e barreiras de concreto separaram Jerusalém de leste a oeste, e caçadores militares freqüentemente ameaçaram o cessar-fogo. Após a criação do Estado de Israel, Jerusalém foi declarada a sua capital. A Jordânia anexou formalmente Jerusalém Oriental, em 1950, sujeitando-a à lei jordaniana, em uma atitude que só foi reconhecido pelo Paquistão.
A Jordânia assumiu o controle dos lugares sagrados na Cidade Velha. Oposto aos termos do acordo, foi negado o acesso dos israelitas aos locais sagrados judaicos, muitos dos quais foram profanados, e apenas permitiram o acesso muito limitado aos locais sagrados cristãos. Durante este período, a cúpula da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa sofreram grandes renovações.
Mapa mostrando da divisão leste-oeste de Jerusalém.
Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel ocupou Jerusalém Oriental e afirmou soberania sobre toda a cidade. O acesso aos lugares sagrados judeusfoi restabelecido, enquanto a Esplanada das Mesquitas permaneceu sob a jurisdição de um islâmico waqf. O bairro marroquino, que era localizada adjacente ao Muro das Lamentações, foi desocupado e destruído para abrir caminho à uma praça para aqueles que visitam o muro. Desde a guerra, Israel tem expandido as fronteiras da cidade e estabeleceu um "anel" de bairros judeus em terrenos vagos no leste da Linha Verde.
No entanto, a aquisição de Jerusalém Oriental recebeu duras com críticas internacionais. Na sequência da aprovação da Lei de Jerusalém, que declarou Jerusalém "completa e unida", a capital de Israel, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que declarava a lei "uma violação do direito internacional" e solicitou que todas as os Estados-membros retirarassem suas embaixadas da cidade.
O status da cidade, e especialmente os seus lugares sagrados, continuam a ser uma questão central no conflito palestino-israelense. Colonos judaicos ocuparam lugares históricos e construíram suas casas em terras confiscadas de palestinos, a fim de expandir a presença judaica na parte oriental de Jerusalém, enquanto líderes islâmicos têm insistido que os judeus não têm qualquer laço histórico com Jerusalém. Os palestinos encaram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino, e as fronteiras da cidade têm sido assunto de conversas bilaterais.

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